Paco Bandeira, a PSP e as 10500 visitas

Após a gloriosa, luxuriosa e bem iluminada Feira do Campo ter chegado ao fim, e depois da poeira ter assentado, o 605MF sente-se na obrigação de revelar um triste episódio passado no ultimo dia de Feira, o Sábado, perdão, o Domingo, tudo se passou durante o concerto de Paco Bandeira (primo em 569 grau, de Paulo Biandeira), o 605MF sabe que Paco Bandeira pediu asilo politico a José Godeinho, o qual negou tal pedido porque «Farto de músicos de meia tigela estamos nós, não bastam já os D’Novo e os Fora da Lei, não?», afirmou perto da barraquinha do Cigarras enquanto degustava um belo prato de caracóis. Esta noticia caiu como uma bomba no seio do Governo PS vigente no nosso país, que decidiu ordenar de imediato uma carga policial de forma a resgatar tão importante quadro do seu Partido, de facto, Paco Bandeira, ou Carequinha como é tratado pelos seus colegas militantes do PS, é um dos maiores pensadores do PS, e a sua fuga para o PCP seria quase catastrófica, principalmente a nível de comícios onde é preciso alguém para desenrascar uma cantarolada. Assim, após um concerto de perto de 4 horas em que Paco Bandeira tentou à força conseguir o asilo politico, porque segundo o próprio, «Eh pá, tentei cantar até não poder mais, ou até chatear as pessoas de tal maneira que o presidente José Godeinho se visse obrigado a me conceder o asilo para eu parar de cantar, ouve pessoas que ao fim de 10 minutos já me pediam para ir embora, mas eu queria era ficar. Uma terra assim não é todos os dias que se encontra, gente boa, sempre em festa e paz, bons músicos, perto do mar, a faina, enfim, não tem nada a ver com Elvas.» O pior viria no fim do concerto com a entrada em acção das forças de intervenção da PSP após ordens superiores, fala-se de José Sócrates, o que provocou a debandada geral e o instalar da confusão no recinto “feiral”, com cenas de violência gratuita entre os PSP e vários sacos de plástico espalhados pelo recinto, uma vez que quando as forças policiais chegaram já este se encontrava vazio, apenas Paco Bandeira cantava. Segundo o chefe Acordeão Folha, a operação Feira do Campo Alentejano, Segurança, Porrada no Lombo e Siga, correu à mil maravilhas, (ler com sotaque Beirão, assim uma espécie de Diácono Remédios) «Ora, muito boa tarde, é com um prajer enorme que informo que não hoube nenhum problema nesta magnifica Feira, eu e os meus homens tibemos sempre a situação debaixo de controle, não hoube prebaricadores à solta no recinto, o Senhor Paco foi resgatado com sucesso das mãos dos comunistas que o queriam raptar e o resto foi uma beleza , cacetetes limpos a brilhar, os uniformes impecabelmente azulinhos, apenas as botas ficaram com um pouco de pó deribado da natureza do recinto. Em relação aos autoclismos e aos limpa-mãos partidos, tenho de pedir desculpa mas isso fui eu na brincadeira com um colega meu, porque nos apeteceu partir plástico. Em relação aos desacatos de sexta-feira à noite, apenas quero dizer que tudo foi resolbido da melhor maneira, convidando os utentes mais resistentes a retirar-se do recinto educadamente e ordeiramente, eu próprio conbidei um utente a retirar-se, dizendo-lhe simpaticamente “Sai daqui meu Filha da Puta, antes que eu te arrebente com os cornos deribado das pancadas do meu cacetete.”, hoube também um subordinado meu, o Luís Couraçado, um rapaz 5 estrelas e muito calmo, que usando a mesma técnica de persuasão suabe, disse a um resistente “Oh cabrão de merda, ou te raspas já daqui ou fodo-te a tromba toda a pontapé!! Quero lá saber se a cadeira de rodas está avariada meu paneleirote, tá a andar!!”, por isso, o nosso trabalho foi exemplar, aliás, não foi por acaso que as pessoas ficaram cá fora a cantar para nós. Já no Sábado, tivemos de sair mais cedo do recinto porque à 01:30h daba o “Música no Coração” no Canal Disney.»
De referir, que quando as forças policiais entraram no recinto, no Domingo por volta das 22h30, Paco Bandeira se encontrava sozinho em palco cantando o tema “Ó Elvas, Ó Elvas”, adaptado à caricata situação, qualquer coisa como:

“Ó Aljustrel, Ó Aljustrel, Rio de Moinhos à vista.
Sou socialista, mas estou arrependido.
Quero ser comunista, aceitem meu pedido.”

De seguida levou 132 porradinhas de cacetete, 235 pontapés e 832 chapadões, antes de ser posto na carrinha blindada e transportado até Lisboa


Clara Bóia


P.S- As 10500 visitas no titulo são só para disfarçar, afinal estamos mortos, ou não estaremos?